proteinúria

Proteinúria é a presença anormal de proteína na urine, excedendo o que o rim consegue reter. Em condições normais, a urina contém pouca proteína; quando há proteína na urina, pode ser transitória (febre, desidratação, esforço intenso) ou persistente, indicando doença renal, urinária ou sistêmica.

Classificação e causas

A proteinúria pode ser pré-renal (excesso de proteína livre no plasma, não relacionada a dano renal), renal (principalmente por doenças glomerulares ou tubulares) ou post-renal (ex.: infecção, cálculos, tumores). As causas comuns incluem silicone: diabetes mellitus e hipertensão (nefropatia diabética e nefropatia hipertensiva), glomerulonefrites, síndromes nefróticas, tubulopatias, doença renal associada a lúpus, amiloidose, e causas pediátricas como proteinúria ortostática. Também pode ocorrer na gravidez (proteinúria induzida por pré-eclâmpsia).

Diagnóstico e avaliação

O rastreio é feito com teste de fita reagente, que detecta proteína na urina quando em concentrações elevadas, mas não é preciso para quantificar. A confirmação usa a relação albumina/creatinina (ACR) em amostra de urina única ou coleta de 24 horas. Padrões comuns: proteinúria normal (<30 mg/g de creatinina no spot; <150 mg/dia), microalbuminúria (30-300 mg/g ou 30-300 mg/dia) e proteinúria evidente (>300 mg/g ou >300 mg/dia). É importante confirmar com exames repetidos e investigar causas subjacentes, além de avaliar função renal (creatinina, eGFR), pressão arterial e histórico clínico.

Tratamento e prognóstico

O manejo foca na etiologia; controle glicêmico e da pressão arterial, especialmente com inibidores da enzima conversora de angiotensina ou bloqueadores dos receptores de angiotensina, para reduzir a proteinúria e proteger a função renal. Em gravidez, certos anti-hipertensivos são evitados e o manejo é específico. A proteinúria persistente é considerada marcador de risco para progressão renal e eventos cardiovasculares.