hipertensãohipercortisolismo

Hipertensão associada ao hipercortisolismo refere-se à condição em que a pressão arterial elevada ocorre em contextos de excesso de cortisol no organismo. O hipercortisolismo pode ser endogenous, devido a síndromes como a de Cushing, ou exógeno, pela administração de glucocorticoides. A hipertensão é comum nessas condições e contribui para o risco cardiovascular.

Mecanismos: o cortisol eleva a pressão arterial por retenção de sódio e água, aumento da resposta vascular à catecolamina, ativação do eixo renina-angiotensina e efeito mineralocorticoide em certos tecidos. Esses efeitos, associados a alterações metabólicas como obesidade central e resistência à insulina, aumentam o risco hipertensivo.

Etiologia e diagnóstico: causas endógenas incluem doença de Cushing (adenoma hipofisário secretor de ACTH), tumores adrenais e ACTH ectópico; uso exógeno de glucocorticoides também. O hipercortisolismo é suspeitado com cortisol urinário de 24 h elevado, cortisol salivar noturno e falha na supressão com dexametasona de dose baixa. Imagens podem ser usadas para localizar o tumor após a confirmação.

Tratamento: o manejo centra-se em tratar o hipercortisolismo subjacente (cirurgia para remover tumor, radioterapia, redução ou interrupção de glucocorticoides exógenos). Enquanto isso, a hipertensão pode requerer anti-hipertensivos, preferencialmente inibidores da ECA ou ARBs, além de diuréticos e bloqueadores de canal de cálcio; controle de sódio e estilo de vida também ajudam. A normalização de cortisol facilita a redução da pressão arterial.

Prognóstico e monitoramento: a normalização do cortisol pode melhorar a hipertensão e reduzir o risco cardiovascular, mas o acompanhamento é necessário a longo prazo, com medições de pressão, cortisol e metabolismo.