Radioativa

Radioativa é a qualidade atribuída a substâncias ou processos que envolvem a emissão de radiação ionizante proveniente de núcleos instáveis. Quando um núcleo instável sofre desintegração, pode emitir partículas alfa ou beta, bem como radiação gama. A radioatividade pode ocorrer de forma natural ou ser induzida artificialmente.

As fontes de radioatividade são naturais e artificiais. Naturais incluem elementos com núcleos instáveis presentes na crosta terrestre e radiação cósmica. Artefatos artificiais abrangem fontes usadas em medicina, indústria, pesquisa, reatores nucleares e radionuclídeos produzidos para diagnóstico, tratamento ou inspeção não destrutiva.

A radioatividade é medida por meio da atividade, expressa em becquerels (ou curies na prática histórica), que indica o número de decaimentos por segundo. A dose absorvida tende a ser descrita em gray, enquanto o efeito biológico é avaliado em sieverts. A meia-vida de um isótopo descreve o tempo necessário para a redução pela metade de sua atividade.

As aplicações da radioatividade são amplas. Na medicina, utiliza-se na imagem diagnóstica e na radioterapia. Na indústria, aplica-se em esterilização de materiais, rastreio e inspeção não destrutiva. A geração de energia nuclear também depende de materiais radioativos sob condições de controle rigoroso. Em todos os casos, o manejo seguro busca minimizar riscos à saúde humana e ao meio ambiente.

A proteção radiológica segue princípios como ALARA, que prevê reduzir ao mínimo a dose possível. Princípios operacionais incluem gestão de tempo, distância e blindagem, uso de proteção individual e monitoramento por dosímetros. A regulamentação varia por país; no Brasil, normas são estabelecidas por agências como a CNEN, com diretrizes alinhadas a organismos internacionais como a IAEA.