Grammaticalidade

Grammaticalidade é a propriedade de uma frase estar de acordo com as regras de uma língua específica. Em termos práticos, uma sentença é considerada gramatical quando pode ser gerada pela gramática dessa língua e respeita seus mecanismos de sintaxe, morfologia e, quando pertinente, concordância. A grammaticalidade não depende diretamente de se a frase é verdadeira, útil ou sensata; trata-se de sua admissibilidade formal dentro de um sistema linguístico.

Na linguística, distingue-se a gramática descritiva, que documenta como as pessoas realmente falam, da gramática prescritiva, que impõe normas de correção. Uma sentença pode ser gramatical em uma variedade ou registro e não em outro, ou pode divergir entre o que é considerado aceitável e o que é estritamente gramatical. Assim, a grammaticalidade e a aceitabilidade são conceitos relacionados, mas não idênticos.

Em teorias formais, a avaliação da grammaticalidade envolve estruturas sintáticas, morfologia e, por vezes, semântica. Sentenças podem ser gramaticalmente válidas segundo a gramática, mesmo se forem sem sentido. Exemplo clássico no campo da linguística: em inglês, "Colorless green ideas sleep furiously" é gramatical, mas semanticamente incoerente. Em mudanças de dialeto ou estilo, o que é gramatical para falantes de uma comunidade pode não ser para outra.

A noção de grammaticalidade é central para áreas como linguística teórica, aquisição de linguagem e processamento de linguagem natural, além de orientar o ensino de línguas. A avaliação normalmente se baseia em julgamentos de falantes nativos, dados de corpus e experimentos de aceitabilidade, reconhecendo que as escolhas podem variar conforme o contexto e a variedade linguística.