Fibrózis

Fibrózis, ou fibrose, é um processo patológico caracterizado pela deposição excessiva de tecido conjuntivo fibroso no parênima de órgãos, levando à cicatrização progressiva e à disfunção do tecido afetado. O mecanismo central envolve ativação de fibroblastos e miofibroblastos, produção de proteína de matriz extracelular (especialmente colágeno) e remodelagem desordenada da matriz, frequentemente mediadas por citocinas como TGF-β, após injúria tecidual crônica ou repetida.

Pode afetar múltiplos órgãos. Entre as formas mais comuns estão a fibrose pulmonar (incluindo fibrose pulmonar idiopática), a fibrose hepática que pode evoluir para cirrose, e fibroses renais, cardíacas e cutâneas, como na esclerose sistêmica. As causas variam de doenças inflamatórias autoimunes, infecções crônicas, exposições tóxicas (amianto), álcool, a genética em alguns casos.

Sintomas dependem do órgão: dor torácica e dispneia na fibrose pulmonar; icterícia, ascite, hipertensão portal na fibrose hepática; insuficiência renal em fibrose renal; insuficiência cardíaca em fibrose cardíaca. Diagnóstico envolve história, exame físico, exames de imagem (tomografia de alta resolução para pulmões) e avaliação de marcadores de fibrose; a confirmação pode exigir biópsia em alguns casos.

Tratamento visa retardar a progressão, tratar a causa subjacente e gerenciar complicações. Em fibrose pulmonar, antifibróticos como pirfenidona e nintedanib podem ser usados; em estágios avançados, transplante pulmonar pode ser considerado. Em fibrose hepática, manejo da doença de base e monitorização de complicações; reabilitação, vacinação e evitar hepatotóxicos são úteis. Não existe uma cura universal para todas as formas de fibrózis; o prognóstico varia conforme etiologia e extensão.