Afeganistão

Afeganistão é um país sem litoral localizado no cruzamento entre a Ásia Central e o Sul da Ásia. Faz fronteira com Irã, Turcomenistão, Uzbequistão, Tadjiquistão, China e Paquistão. O território é dominado pela cordilheira Hindu Kush; o relevo montanhoso e o clima varia entre desértico e continental. A população é estimada em cerca de 40 milhões de pessoas, com os grupos étnicos Pashtuns, Tajiks, Hazaras, Uzbeques e outros. As línguas oficiais são Dari e Pashto; o Islã é a religião predominante, em sua maioria sunita, com minorias xiitas.

História: a região abriga antigas rotas comerciais e foi influenciada por impérios como Achaemenida, Bactria e Gandhara. No século XX, Afeganistão passou por conflitos entre monarquia, republica e regimes comunistas, obtendo independência de influência britânica em 1919. A invasão soviética (1979–1989) desencadeou longa guerra civil. Entre 1996 e 2001, o Taliban governou parte do território; após os ataques de 11 de setembro de 2001, uma coalizão liderada pelos EUA derrubou esse regime. Em 2004, foi promulgada uma nova constituição que consolidou uma república presidencial. A partir de 2014, o país manteve instituições democráticas sob pressão de conflitos contínuos. Em 2021, o Taliban retomou o controle do país, estabelecendo uma administração autodeclarada como Emirato Islâmico, com reconhecimento internacional limitado. As condições humanitárias permanecem desafiadoras.

Economia e sociedade: a economia é dominada pela agricultura, com cultivo de trigo, frutas e amêndoas, além de produção de opiáceos que impacta políticas de segurança e desenvolvimento. A pobreza persiste, agravada por danos de infraestrutura, secas e conflitos. A educação e os direitos das mulheres variam conforme a região, com restrições impostas pelos regimes em vigor durante a década de 2020.

Perspectivas: a estabilidade depende de soluções políticas, cooperação regional e assistência humanitária contínua, com o envolvimento de organizações internacionais.