adipogênica

Adipogênica é a qualidade ou o potencial de gerar adipócitos, ou células de gordura, por meio da adipogênese. Em termos celulares, refere-se à capacidade de preadipócitos ou células estromais mesenquimais de se diferenciarem em adipócitos maduros, responsáveis pelo armazenamento de lipídios no tecido adiposo.

Biologia da adipogênese: o processo ocorre em duas fases: determinação de progenitores adipogênos e diferenciação terminal. Sinais hormonais como insulina e IGF-1 promovem a lipogênese; vias como Wnt e TGF-β podem inibi-la. A cascata de transcrição envolve C/EBPβ e C/EBPδ nos estágios iniciais, que induzem PPARγ e C/EBPα, fatores-chave para a maturação e função de adipócitos. O resultado é a acumulação de lipídios e a produção de adipokinas, incluindo leptina e adiponectina.

Tipos e origens: a adipogênese leva ao desenvolvimento de adipócitos brancos, marrons e beige. A origem pode vir de células-tronco mesenquimais residentes no tecido adiposo ou de progenitores derivados de outras regiões, ativados por estímulos nutricionais e hormonais. A distribuição de adipócitos influencia o metabolismo, com importância particular no tecido adiposo subcutâneo, visceral, no tecido adiposo marrom e no beige.

Relevância e aplicações: a adipogênese é central em obesidade, resistência à insulina e lipodistrofias. Em pesquisa, modelos in vitro como células 3T3-L1 e preadipócitos primários ajudam a elucidar a regulação da adipogênese e a avaliar fármacos que modulam o metabolismo. Em biotecnologia, a capacidade adipogênica de células estromais mesenquimais é explorada em engenharia de tecidos e terapias regenerativas.