ressecação

Ressecação, também grafada como ressecção (ou reseção em Portugal), é o ato cirúrgico de remover total ou parcialmente um órgão, tecido ou massa patológica, com o objetivo de curar, controlar sintomas ou obter diagnóstico. Normalmente envolve a remoção de uma porção de tecido seguida de reconexão das partes remanescentes, quando aplicável, denominada anastomose.

É indicada em tumores, doenças inflamatórias graves, obstruções e malformações que comprometam a função ou provoquem dor. Existem ressecções segmentares, parciais ou totais, dependendo da extensão necessária. Em oncologia, o objetivo é alcançar margens livres de tumor (R0) para reduzir a chance de recorrência. Em áreas como o intestino, fígado, pulmão e bexiga, a indicação depende da localização, do estágio da doença e da função residual do órgão.

A ressecação pode ser realizada por meio de cirurgia aberta (cirurgia convencional), por técnicas minimamente invasivas como laparoscopia ou cirurgia robótica, e, em algumas situações, de forma endoscópica para remoção de lesões superficiais. Em muitos procedimentos, a ressecção é acompanhada de reconstrução ou de anexos funcionais, como a reconstrução do trato digestivo ou de vias urinárias.

Antes da ressecação, o paciente passa por avaliação clínica, exames de imagem, pode haver biópsia e planejamento cirúrgico detalhado. Riscos incluem sangramento, infecção, fístula ou vazamento da anastomose, ileo, complicações anestésicas e tempo de recuperação, que varia conforme a extensão e a área envolvida.

Quando possível, a ressecação é curativa, especialmente em tumores localizados com margens adequadas. Em doenças benignas, pode aliviar sintomas e prevenir progressão; o sucesso depende do diagnóstico, da técnica e do manejo pós-operatório.