Granulomatosas

Granulomatosas é uma expressão usada para descrever doenças caracterizadas pela formação de granulomas, que são agregados organizados de células inflamatórias, principalmente macrófagos transformados em epitelióides, frequentemente com células gigantes multinucleadas, rodeados por linfócitos. Os granulomas podem apresentar necrose central (caseosa) ou não.

A etiologia é diversificada. Pode ser causada por infecções crônicas, como tuberculose, hanseníase e infecções fúngicas (Histoplasma, Coccidioides). Também ocorre em doenças não infecciosas, entre elas sarcoidose, doença de Crohn, silicose, Berilose, reação a corpos estranhos e várias formas de vasculite granulomatosa, como a granulomatose com poliangiite (GPA, anteriormente Wegener) e outras síndromes relacionadas a autoimunidade.

Patogênese e patologia: o processo envolve uma resposta imune mediada por células, com linfócitos T ativando macrófagos para formar granulomas com função de conter estímulos persistentes. A presença de necrose caseosa sugere etiologia infecciosa, enquanto granulomas não caseosos podem ocorrer em sarcoidose e outras condições não infecciosas.

Diagnóstico: requer avaliação clínica, imagiologia e confirmação histológica por biópsia. Exames laboratoriais úteis incluem testes para ANCA (proteína-quinase-3 e MPO), que ajudam no diagnóstico de GPA, além de testes específicos para infecções (culturas, stains Ziehl-Neelsen, Grocott) e, em sarcoidose, níveis de ACE.

Tratamento: direcionado à causa subjacente. Infecções demandam antimicrobianos; doenças inflamatórias geralmente requerem corticosteroides e imunossupressores (como metotrexato, azatioprina, rituximabe). O manejo é individualizado e depende do tipo, localização e gravidade dos granulomas.

Prognóstico: varia amplamente conforme a etiologia e a resposta ao tratamento; algumas condições são controláveis com terapia, outras podem apresentar recorrência ou progressão.