autocompaixão

Autocompaixão é a atitude de tratar a si mesmo com bondade e compreensão em situações de sofrimento, fracasso ou inadequação, evitando autocrítica excessiva. Ela envolve três componentes segundo a psicóloga Kristin Neff: bondade consigo mesmo, reconhecendo que o sofrimento faz parte da condição humana (humanidade comum), e atenção plena, mantendo a consciência do momento sem exageros. Diferencia-se da autoestima ao focar no cuidado durante a dor, e não na avaliação de valor pessoal.

Pesquisas associam autocompaixão a bem-estar emocional, menor depressão, ansiedade, estresse e maior regulação emocional, bem como maior persistência em tratamentos de saúde mental. A autocompaixão também facilita a recuperação de erros, reduzindo ruminação.

Medidas: a Self-Compassion Scale (SCS) é a ferramenta mais utilizada para avaliação; há versões e validações em várias línguas, incluindo o português. Aplicações: intervenções como Mindful Self-Compassion têm sido usadas em contextos clínicos, educacionais e organizacionais; práticas comuns incluem diálogos internos gentis, exercícios de compaixão, diário de autocompaixão e técnicas de atenção plena.

Críticas e considerações: a autocompaixão não é autopiedade nem desculpa para evitar responsabilidade; sua utilidade pode variar entre culturas; há debates sobre a estrutura do SCS e o que ele mede; é diferente de autoconfiança, que envolve avaliar o próprio valor de forma mais objetiva.

Em síntese, a autocompaixão representa uma abordagem para reduzir o sofrimento psíquico, promovendo apoio interno durante adversidades.