agroflorestais

Os sistemas agroflorestais são abordagens de uso da terra que integram árvores ou arbustos com cultivos agrícolas e/ou criação de animais em uma mesma unidade de manejo. Esses sistemas combinam componentes vegetais de múltiplos estratos com práticas de cultivo, visando produção de alimento, madeira, fibras ou energia, ao mesmo tempo em que promovem serviços ecossistêmicos como melhoria da fertilidade do solo, conservação da água e biodiversidade.

Os modos de implementação variam, incluindo silvopastoril (árvores intercaladas com pastagens e animais), agrofloresta multistrata (culturas sob uma camada de árvores de diferentes alturas) e culturas em corredores ou linhas agrícolas entre árvores (alley cropping). Também há sistemas agroflorestais de consórcio entre árvores, culturas anuais e/ou perenes, que podem combinar café, cacau, frutas, legumes e forragem.

Os benefícios potenciais incluem incremento da produtividade e da resiliência climática, melhoria da qualidade e da matéria orgânica do solo, controle de erosão, maior retenção de água, sequestro de carbono e geração de renda diversificada, com a possibilidade de serviços ambientais e biodiversidade aprimorada.

Entre os desafios estão o custo inicial, o conhecimento técnico necessário para manejo integrado, o tempo de maturação de árvores, e questões de posse da terra e de políticas públicas de apoio. O sucesso depende de planejamento, monitoramento e adaptação local às condições climáticas, de solo e de mercado.

Os sistemas agroflorestais têm aplicação em diversas regiões tropicais e subtropicais, especialmente em países com longos ciclos agrícolas. No Brasil, são comuns em plantações de café e cacau, bem como em áreas de produção familiar, agroflorestas de manejo comunitário e em iniciativas de restauração de áreas degradadas.