Siluriano

Siluriano é o nome dado a um período da era Paleozoóica, que ocorreu aproximadamente entre 443,8 e 419,2 milhões de anos atrás. O termo deriva de Silures, uma antiga tribo galesa, e é usado para descrever uma fase de estabilização pós-Ordoviciana, marcada por mudanças climáticas, aumento da oxigenação e diversificação de vida marinha. O Siluriano sucede o Ordoviciano e antecede o Devoniano.

Do ponto de vista cronológico, o Siluriano é dividido em unidades estratigráficas que, na nomenclatura internacional, incluem os estágios Llandovery, Wenlock, Ludlow e Pridoli. Essas subdivisões ajudam a localizar eventos geológicos e fósseis dentro do intervalo temporal do período, que abrange várias bacias sedimentares ao redor do globo.

O clima durante o Siluriano foi relativamente estável após as grandes extinções do Ordoviciano e, em muitos continentes, houve aumento do nível do mar e transgressões marinhas. A oceanografia favoreceu a prosperidade de comunidades recifais e de invertebrados marinhos, com a diversificação de vertebrados aquáticos, incluindo alguns dos primeiros peixes com mandíbula, bem como aranhas, microrganismos e outros invertebrados marinhos.

Na biota terrestre, o Siluriano marca o início da colonização de ambientes terrestres por plantas vasculares e por artrópodes terrestres, como aranhas e, possivelmente, alguns quilópodos. As plantas vasculares primitivas, como Cooksonia, aparecem nesse período, abrindo caminho para desenvolvimentos ecológicos que culminariam na floresta Siluriana/Terrestre do início do Devoniano.

O Siluriano encerra com mudanças que preparam o terreno para o Devoniano, período de maior radição de vertebrados terrestres e de expansão de ecossistemas complexos.