Linfócitos

Linfócitos são um tipo de glóbulo branco fundamental para a resposta imune adaptativa. Originam-se na medula óssea a partir de células-tronco hematopoéticas e distinguem-se em linfócitos B, linfócitos T e células natural killer (NK).

Linfócitos B amadurecem na medula óssea. São responsáveis pela produção de anticorpos. Ao se ativarem, podem se diferenciar em plasmócitos, que secretam imunoglobulinas, e em linfócitos B de memória que persistem para respostas rápidas em infecções subsequentes.

Linfócitos T amadurecem no timo. Dividem-se em várias subpopulações, incluindo linfócitos T auxiliares (CD4+), que coordenam respostas imunes; linfócitos T citotóxicos (CD8+), que destroem células infectadas; linfócitos T regulatórios, que modulam a imunidade; e linfócitos T de memória. Reconhecem antígenos apresentados por moléculas do complexo maior de histocompatibilidade (MHC).

Células natural killer são uma linhagem linfoide que atua na imunidade inata. Elas reconhecem e eliminam células infectadas ou transformadas sem a necessidade de antígenos específicos, contribuindo com citotoxicidade rápida por meio de perforinas e granzimas.

Distribuição e ativação: linfócitos circulam entre sangue e sistemas linfáticos, residindo em linfonodos, baço e tecidos linfoides. A ativação ocorre quando o receptor de antígeno do linfócito reconhece um fragmento apresentado por células apresentadoras de antígeno (APCs), com sinais coestimulatórios. O MHC I interage com CD8+ e o MHC II com CD4+.

Relevância clínica: a contagem de linfócitos é parte do hemograma. Em adultos, linfócitos costumam representar cerca de 20–40% dos leucócitos. Linfocitose pode ocorrer em infecções virais; linfopenia pode acompanhar estresse, uso de imunossupressores ou infecções graves. Linfócitos são alvos de vacinas e terapias imunes, incluindo imunoterapia contra câncer.