neuroprostéticas

Neuroprostéticas são dispositivos que interagem com o sistema nervoso para substituir, restaurar ou ampliar funções neurológicas. Eles podem operar por meio de interfaces invasivas, implantadas no cérebro, na medula espinhal ou nos nervos periféricos, ou por abordagens não invasivas que registram ou modulam a atividade neural sem cirurgia extensa.

Podem incluir próteses sensoriais, motoras e de feedback. Exemplos bem conhecidos são os implantes cocleares, que proporcionam percepção sonora em pessoas com deficiência auditiva, e as próteses de retina, que visam restaurar parte da visão. A estimulação cerebral profunda é utilizada no tratamento de distúrbios do movimento, enquanto a estimulação da medula espinhal e interfaces cérebro-máquina permitem o controle de próteses por sinais neurais. Em muitos casos, os sistemas são bidirecionais, oferecendo tanto controle motor quanto retorno sensorial ao usuário.

Tecnologicamente, as neuroprostéticas envolvem interfaces com eletrodos, processamento de sinais e, em sistemas avançados, tecnologias de feedback tátil ou sensorial. Os sinais neurais são decodificados para acionar dispositivos externos ou internos, e podem ser ajustados de forma adaptativa para melhorar o desempenho ao longo do tempo.

Desafios incluem biocompatibilidade, durabilidade de implantes, risco de infecção, estabilidade de sinais, custo e acessibilidade. Questões éticas e de regulamentação também são pertinentes, especialmente no uso de interfaces invasivas e na privacidade neural. O campo continua a evoluir com o desenvolvimento de interfaces mais seguras, menos invasivas e com maior qualidade de vida para pacientes que dependem dessas tecnologias.