diarreicas

As diarreicas referem‑se a condições associadas à diarreia, caracterizadas por fezes com liquidez aumentada, maior frequência de evacuações e, por vezes, dor abdominal. A diarreia é um sintoma comum que pode ter causas infecciosas, inflamatórias, funcionais ou farmacológicas. Clinicamente, a diarreia é classificada conforme a duração em aguda (até 14 dias), persistente (14 a 28 dias) e crônica (> 28 dias).

As causas são diversas. Infeciosas (vírus como norovírus e rotavírus; bactérias como Salmonella, Campylobacter, Escherichia coli enterotoxigênica; parasitas como Giardia). Não infecciosas (intolerância à lactose, doença celíaca, doença inflamatória intestinal, má absorção de gorduras, desequilíbrios endócrinos). Medicamentos, como laxantes, antibióticos ou inibidores de secreção gástrica, também podem provocar diarreia. A diarreia pode ser osmótica, secretória, inflamatória ou devido a má absorção, com diferentes padrões de gravidade e requisitos de investigação.

O diagnóstico envolve avaliação clínica, estado de hidratação e histórico, seguido de exames laboratoriais e de fezes se indicado (coprocultura, hemograma, ferritina, função renal, eletrólitos). Em diarreia persistente ou crônica, investiga-se doença inflamatória intestinal, alergias/intolerâncias, má absorção e, se necessário, endoscopia com biópsias.

O tratamento concentra-se na reposição de fluidos e eletrólitos, especialmente em crianças e idosos. A reidratação oral ou intravenosa é fundamental; a manutenção da alimentação habitual é recomendada. Zinc suplementar é usado em crianças. Antibióticos devem ser direcionados a etiologias claramente indicadas; anti-diarréicos devem ser usados com cautela e sob orientação médica. Prevenção envolve higiene adequada, água potável, saneamento, vacinação (por exemplo, contra rotavírus) e manejo alimentar adequado.