diálise

Diálise é um tratamento de substituição renal que substitui, total ou parcialmente, a função dos rins quando estes não conseguem manter a homeostase do organismo. Seu objetivo é remover resíduos metabólicos, regular o equilíbrio de fluidos e manter a composição de eletrólitos e do pH do sangue.

Na diálise de hemodiálise (HD), o sangue é retirado do corpo, passado por uma máquina com uma membrana semipermeável e exposto a uma solução de diálise, permitindo difusão e ultrafiltração. O sangue retorna ao organismo já filtrado. A HD costuma ser realizada em sessões de várias horas, várias vezes por semana, em centros especializados ou, em alguns casos, em casa com equipamento adequado. O acesso vascular é geralmente uma fistula arteriovenosa, uma graft ou um cateter venoso central. A HD permite controle rápido de fluidos e eletrólitos, mas pode provocar hipotensão, cãibras, infecção no local de acesso e complicações relacionadas ao circuito.

Na diálise peritoneal (DP), o peritônio atua como membrana de difusão natural. Um cateter abdômino-pélvico introduz o fluido dialítico na cavidade peritoneal, permitindo troca de solutos por difusão e remoção de fluidos por ultrafiltração. Existem CAPD (diálise peritoneal contínua ambulatorial) com trocas ao longo do dia e APD (diálise peritoneal automatizada) realizada durante a noite com uma máquina. Vantagens incluem maior autonomia e ausência de acesso vascular, porém há risco de peritonite e, em alguns pacientes, menor eficiência comparada à HD.

A diálise é indicada em insuficiência renal terminal ou aguda refratária a tratamentos conservadores. É uma opção de longo prazo ou temporária até possível transplante renal. A adesão ao regime, nutrição adequada e acompanhamento médico são essenciais para a qualidade de vida.