Spiromeetria

Spirometria é um conjunto de testes de função pulmonar que avalia o fluxo de ar e os volumes pulmonares durante uma expiração forçada. Os principais parâmetros são a FVC (capacidade vital forçada), a FEV1 (volume expirado no primeiro segundo) e a relação FEV1/FVC; também pode registrar o PEF (fluxo de pico).

Procedimento: o paciente realiza várias manobras de respiração em um espirômetro, inspirando até o volume máximo e expirando com força máxima até o término do sopro. As manobras são repetidas para assegurar aceitabilidade e reprodutibilidade; os resultados são comparados com valores previstos ajustados por idade, sexo, estatura e etnia. Pode ser realizada antes e após o uso de broncodilatador para avaliar reversibilidade.

Indicações: investigação de sintomas respiratórios, como tosse, chiado ou dispneia; monitoramento de doenças obstrutivas (asma, DPOC) e restritivas; avaliação pré-operatória; triagem e monitoramento ocupacional; acompanhamento da resposta ao tratamento.

Interpretação: padrão obstrutivo caracteriza-se por diminuição de FEV1 com redução da relação FEV1/FVC; a FVC pode permanecer normal ou reduzir-se. O padrão restritivo apresenta redução da FVC com FEV1/FVC normal ou elevado; a confirmação de restrição requer avaliação do volume pulmonar total. A reversibilidade pode ser definida como aumento de FEV1 de pelo menos 12% e 200 mL após broncodilatador. Observação: a spirometria não substitui a mensuração de volumes estáticos para confirmar restrição; utiliza-se referências com base em variáveis como idade, sexo, estatura e etnia.

Segurança e qualidade: o teste é geralmente seguro; requer calibração regular do equipamento e aderência às regras de aceitabilidade e reprodutibilidade das manobras; resultados devem ser avaliados por profissional de saúde qualificado.