Repressão

Repressão é o ato de conter, restringir ou sufocar algo — sentimentos, comportamentos, ideias, grupos ou dissidência política. O termo vem do latim repressio, de re- "contra, de volta" e premere "pressar, apertar".

Na esfera política, a repressão refere-se a medidas de um Estado ou grupo dominante para impedir a oposição, restringir liberdades civis e controlar a população. Instrumentos comuns são censura, propaganda, prisões, interrogatórios, uso de força ou violência, vigilância e leis restritivas. A repressão pode funcionar para manter o poder, mas costuma gerar resistência, violações de direitos humanos e instabilidade a longo prazo.

Além do uso estatal, a repressão ocorre por pressão social, normas culturais ou discriminação institucionalizada. Exemplos incluem a supressão de minorias, censura de manifestações culturais, ou a imposição de padrões de gênero, classe ou religião, que limitam oportunidades e reforçam hierarquias sociais.

Na psicologia, repressão descreve um mecanismo de defesa inconsciente no qual pensamentos, memórias ou desejos dolorosos são empurrados para o inconsciente para evitar ansiedade. A ideia, associada a Sigmund Freud, permanece discutida na psicologia contemporânea, com debates sobre a frequência, a acessibilidade de lembranças e a natureza de memórias reprimidas.

Em termos de consequências, a repressão tende a prejudicar direitos humanos, distorcer o debate público, consolidar injustiças e perpetuar traumas. Em estudos modernos, diferencia-se da supressão consciente e do esquecimento voluntário, destacando a complexidade das dinâmicas entre poder, memória e resistência.