Rearranjos

Rearranjos referem-se a processos de reorganização de componentes dentro de um sistema, resultando em uma nova disposição. Em termos gerais, envolve mudança de conectividade, posição ou ordem dos elementos, mantendo muitas vezes a composição original.

Na química orgânica, rearranjos são reações em que a ordem de ligações e grupos dentro de uma molécula muda, levando a um isômero diferente sem adição externa de substituintes. Podem envolver rearranjos de esqueletos (skeletal rearrangements) ou rearranjos de grupos funcionais, muitas vezes sob condições de acidez, radicais ou calor. Exemplos clássicos incluem o rearranjo Cope, o rearranjo Claisen e o rearranjo Wagner-Meerwein. Tais processos afetam a estabilidade, a reatividade e o curso de síntese orgânica.

Em genética e biologia celular, rearranjos cromossômicos são alterações estruturais no material genético que mudam a posição ou a organização de segmentos de cromossomos. Tipos comuns incluem deleções, duplicações, inversões e translocações. Podem ser equilibrados (sem ganho ou perda de material) ou desequilibrados, com consequências para o fenótipo, o desenvolvimento e a suscetibilidade a doenças. A detecção envolve técnicas como cariotipagem, FISH, microarray e sequenciamento.

No campo da matemática e da teoria combinatória, rearranjos descrevem a reordenação de elementos de uma sequência, gerando permutações. Conceitos relacionados incluem propriedades de permutações e certas desigualdades envolvendo a ordem dos elementos, que ajudam a entender como a posição influencia somas, produtos e estruturas combinatórias.