Radiolucência

Radiolucência é um termo utilizado em radiologia para descrever áreas que aparecem mais escuras em radiografias, indicando que o tecido nessas regiões é menos denso ou que há menor absorção de raios X. Em oposição, áreas radiopacas são mais brancas, refletindo maior densidade. A interpretação depende da densidade do material, espessura, ângulo de visão e técnica de imagem.

Na odontologia e na imagem de crânio e maxilofaciais, radiolucências podem representar estruturas normais, como o espaço periodontal ao redor do dente ou a cavidade pulpar, que são naturalmente mais escuras. Entretanto, também podem indicar processos patológicos, como cárie dentária avançada, granuloma ou abscesso periapical, cisto radicular ou residual, lesões osteolíticas e certos tumores. A aparência pode variar desde áreas bem definidas com bordas claras até lesões irregulares e difusas.

A avaliação de uma radiolucência envolve correlação clínica e, quando necessário, exames complementares. Técnicas adicionais, como radiografias de bite-wing, panorâmica ou tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT), ajudam a delinear extensão, limites e relação com estruturas adjacentes. Limitações comuns incluem superposição de estruturas, variáveis dimensões da lesão, qualidade de exposição e artefatos.

Em resumo, radiolucência é uma característica radiográfica que sinaliza menor densidade local, exigindo avaliação clínica e, frequentemente, imagem adicional para estabelecer diagnóstico, extensão e conduta apropriada.