Microanálise

Microanálise, ou microanálise química, é um campo da química analítica dedicado à determinação da composição de amostras muito pequenas, tipicamente na faixa de microgramas a miligramas, com métodos que minimizam o consumo de material. Envolve análises qualitativas e quantitativas, realizadas frequentemente no microscópio ou associadas a técnicas espectroscópicas e a instrumentos capazes de operar em escala micrométrica.

História

A microanálise surgiu entre os séculos XIX e XX com o desenvolvimento de métodos microquímicos para geologia, mineralogia e metalurgia, evoluindo com avanços instrumentais que permitem quantificar elementos em grãos ou fragmentos isolados. A modernização incluiu a incorporação de técnicas de microanálise baseadas em sondas microscópicas e espectroscopia.

Técnicas e instrumentos

As abordagens vão desde métodos microquímicos clássicos, testes químicos em escala micro e microtitulação, até técnicas modernas que utilizam instrumentação avançada. Entre as técnicas representativas estão a espectroscopia de micro-Raman, a espectroscopia de FTIR micro, a análise por SEM-EDS (varredura de microscópio eletrônico com espectroscopia de energia), e a microprospecção por elétrons (EPMA) ou laser ablation ICP-MS para amostras minúsculas. A preparação da amostra e a calibração cuidadosa são componentes cruciais para obter resultados confiáveis.

Aplicações

A microanálise é amplamente utilizada em geologia e mineralogia para determinar a composição de minerais, em ciência dos materiais para caracterizar fases e inclusões, e também em arquelogia, forense e estudos biológicos que exigem análise de traços em materiais muito pequenos.

Limitações

Dificuldades incluem heterogeneidade da amostra, representatividade de pequenas amostras, contaminação potencial, necessidades de calibração complexas e limites de detecção, além de custos e disponibilidade de instrumentação de alto desempenho.