Ferromagnéticas

Ferromagnéticas são materiais que exibem o ferromagnetismo, uma forma de magnetismo na qual os momentos magnéticos dos átomos tendem a alinhar-se de maneira espontânea, produzindo uma magnetização residual sem a necessidade de um campo externo. Esse alinhamento decorre principalmente da interação de troca entre elétrons, uma força quântica que favorece o acoplamento paralelo dos spins e leva a uma ordem magnética de longo alcance dentro de regiões chamadas domínios.

Dentro dos ferromagnéticos, o material não é homogêneo; o espaço é dividido em domínios magnéticos com direções de magnetização próximas. Aplicar um campo externo alinha mais domínios, aumentando a magnetização. Ao remover o campo, parte da magnetização permanece, por causa da histerese, o que confere aos ímãs permanentes propriedades de retenção magnética.

O ferromagnetismo existe apenas abaixo de uma temperatura crítica, a temperatura de Curie (Tc). Acima de Tc, o material volta a comportamento paramagnético, com magnetização muito fraca e dependente de campo.

Exemplos tradicionais incluem ferro, níquel e cobalto, bem como ligas e alguns elementos de terras raras. As propriedades dependem da anisotropia magnética e da microestrutura, definindo usos em ímãs permanentes, transformadores, motores elétricos, cabeçotes de leitura/gravação e memória magnética.