Clorofórmio

Clorofórmio (CHCl3) é um haleto de metano apresentado como líquido incolor, de odor adocicado, com ponto de ebulição de 61,2 °C. É menos solúvel em água e solúvel em muitos solventes orgânicos; possui densidade relativamente alta e evapora readily, contribuindo para a exposição por vapores em ambientes fechados.

Historicamente, o clorofórmio foi utilizado como anestésico geral a partir de meados do século XIX, mas foi progressivamente abolido na prática clínica devido à hepatotoxicidade, à possibilidade de arritmias graves e ao risco de mortalidade. Atualmente, seu uso é majoritariamente industrial: é empregado como solvente em síntese orgânica, na extração de óleos essenciais e em algumas aplicações laboratoriais; o emprego médico não é mais comum, devido aos riscos à saúde.

Toxicologia e segurança: a exposição aguda pode causar sonolência, tontura, cefaleia e náuseas; exposições crônicas associam-se a danos hepáticos e do sistema nervoso central. A Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer classifica o clorofórmio como possivelmente carcinogênico para humanos (Grupo 2B). Em certas condições, pode decompor-se ao calor ou sob luz em presença de oxigênio, liberando fosgênio, um gás tóxico grave; por isso requer manuseio em capela de exaustão, armazenamento em recipientes fechados e restrições de exposição.

Meio ambiente e regulamentação: o clorofórmio pode ocorrer como subproduto da cloração de água potável e de águas residuais. Devido à sua toxicidade, é sujeito a regulamentações de segurança ocupacional, engenharia de processos e descarte apropriado de resíduos perigosos, com limites de exposição que variam por país.