recessivos

Recessivos é o termo utilizado em genética para descrever alelos cujos efeitos fenotípicos são mascarados pela presença de um alelo dominante no heterozigoto. Em muitos casos, o traço associado a um alelo recessivo só se manifesta quando o organismo possui dois alelos recessivos, ou seja, é homozigoto recessivo. Indivíduos com um alelo dominante e um recessivo geralmente apresentam o traço dominante, e o alelo recessivo pode permanecer oculto, podendo ser herdado e transmitido aos descendentes.

Existem diferentes padrões de herança para traços recessivos. Na herança autossômica recessiva, os traços aparecem em indivíduos que possuem dois alelos recessivos em um mesmo locus, independentemente do sexo. Indivíduos heterozigotos costumam ser portadores sem apresentar o traço. Na herança recessiva ligada ao X, o alelo está no cromossomo X; geralmente, homens são mais afetados, pois possuem apenas um X, enquanto as mulheres costumam ser portadoras ou apresentar o traço apenas se herdarem dois alelos recessivos.

A identificação de traços recessivos costuma ocorrer por meio de quadros familiares (pedigrees) e testes genéticos. A consanguinidade eleva a probabilidade de descendentes herdarem dois alelos recessivos idênticos. Exemplos clássicos de doenças autossômicas recessivas são fibrose cística, phenilcetonúria e albinismo; entre doenças recessivas ligadas ao X, destacam-se certas formas de daltonismo e hemofilia.

Em genética populacional, alelos recessivos podem persistir devido à heterozigose (portadores) que não apresentam o traço, mutações novas, ou vantagens seletivas em heterozigotos, como observado em alguns casos de doença hemoglobínica.