microcalcificações

As microcalcificações são depósitos minúsculos de sais de cálcio que se formam em tecidos. No contexto da radiologia mamária, elas são observadas principalmente na mama e aparecem na mamografia como pequenos pontos radiopacos. Sua presença é comum e, na maioria das vezes, não indica câncer; porém, podem sinalizar alterações benignas ou, em alguns casos, indicar malignidade.

A etiologia das microcalcificações é diversa. Muitas são associadas a alterações benignas, como envelhecimento, fibrose associada a alterações fibroquísticas, fibroadenomas calcificados, necrose gordurosa, calcificações de cistos ou de processos inflamatórios. Certos padrões, no entanto, elevam a suspeita de malignidade, especialmente quando as calcificações são finas, lineares ou ramificadas, muito agrupadas ou com distribuição irregular, bem como quando apresentarem morfologia pleomórfica ou heterogênea.

Na prática clínica, a detecção de microcalcificações suspeitas em mamografia leva a uma avaliação diagnóstica adicional. Isso pode incluir mamografia diagnóstica com técnicas complementares, ultrassonografia e, se indicado, biópsia guiada por agulha para obter diagnóstico histológico. O sistema BI-RADS é utilizado para classificar o grau de suspeita e orientar o manejo, variando de padrões provavelmente benignos (BI-RADS 2 ou 3) com acompanhamento, até padrões que requerem biópsia (BI-RADS 4 ou 5).

Em resumo, as microcalcificações são sinais radiológicos relevantes na avaliação mamária, representando tanto alterações benignas quanto potenciais indicativos de câncer. A sua avaliação adequada envolve correlação clínica, imagem e, quando necessário, avaliação histológica para definição do diagnóstico e do manejo apropriado.