enxertos

Enxerto é o termo usado para designar tecido transplantado, seja em plantas ou em organismos humanos e animais, com o objetivo de reparar, substituir ou propagar tecido vivo. Em botânica e horticultura, enxerto refere-se à técnica de unir um fragmento de planta, o enxerto (scion), a uma planta hospedeira chamada porta-enxerto, para que cresçam como uma única planta. Em medicina e veterinária, aplica-se a transplante de tecidos ou órgãos, como enxertos de pele, ósseo ou cartilagem, com objetivo de restaurar função ou integridade tecidual.

Na horticultura, o enxerto visa combinar características desejáveis de duas plantas: a resistência do porta-enxerto a doenças do solo ou ao vigor, com as qualidades do enxerto, como variedade, sabor ou cor. A união entre enxerto e porta-enxerto exige compatibilidade entre células cambiais, posicionamento cuidadoso e fixação estável até a formação de conexão vascular. Diversas técnicas são usadas conforme a espécie e o objetivo, e o sucesso depende de condições ambientais adequadas e de um período de cicatrização.

Em medicina e biologia humana, enxertos podem ser autólogos (do próprio paciente), alogênicos (de doador da mesma espécie) ou xenogênicos (de outra espécie). Exemplos comuns incluem enxertos de pele, ósseo e tecido conjuntivo. O sucesso depende da compatibilidade imunológica e da adesão vascular; falhas de enxerto podem ocorrer por rejeição, infecção ou falha de integração. Rejeições podem ocorrer como hiperagudas, agudas ou crônicas e geralmente requerem imunossupressão, terapias de compatibilidade e manejo cirúrgico adequado.

Na prática, enxertos são amplamente utilizados na agricultura e na medicina, com impactos significativos na propagação de cultivares, na reabilitação de feridas e na reparação de tecidos, sempre acompanhados de considerações técnicas, éticas e de segurança.