eletronegativo

Eletronegatividade é uma propriedade química que descreve a tendência de um átomo, quando ligado a outros átomos, de atrair para si os elétrons compartilhados em uma ligação covalente. Em termos simples, quanto maior a eletronegatividade, maior a atração que o átomo exerce sobre os elétrons da ligação. A eletronegatividade não é uma grandeza diretamente observável; é derivada a partir de dados como energias de ligação, energia de ionização e afinidade eletrônica.

Diversas escalas são usadas para cuantificar a eletronegatividade. A escala de Pauling relaciona diferenças de eletronegatividade entre pares de átomos a energias de ligações. A escala de Mulliken baseia-se na média entre energia de ionização e afinidade eletrônica. A escala Allred-Rochow relaciona eletronegatividade com carga nuclear efetiva e raio covalente. Cada escala fornece valores que permitem comparar elementos, ainda que os números absolutos diferem entre si.

As tendências na tabela periódica mostram que a eletronegatividade aumenta da esquerda para a direita ao longo de um período e tende a diminuir de cima para baixo em um grupo. Elementos não-metálicos, especialmente no canto superior direito (por exemplo, flúor, oxigênio, nitrogênio, cloro), apresentam valores elevados, enquanto metais alcalinos e alcalino-terrosos apresentam valores baixos. Halogênios e outros não-metais são tipicamente muito eletronegativos.

A diferença de eletronegatividade entre dois átomos em uma ligação determina a polaridade da ligação: grandes diferenças costumam gerar ligações iônicas, diferenças moderadas resultam em ligações covalentes polares, e diferenças pequenas produzem ligações covalentes não polares. Essa propriedade influencia a polaridade molecular, a reatividade, o comportamento de solvatação e muitos aspectos de reações químicas. Limitações incluem que a eletronegatividade é uma grandeza indireta, dependente da escala e do contexto químico, não sendo fixa para um átomo isolado.