assepsia

A assepsia é o estado de ausência de microrganismos patogênicos em uma área definida ou a proteção contra contaminação, com o objetivo de reduzir o risco de infecção durante procedimentos médicos. Na prática clínica, a assepsia é alcançada por meio de técnicas que impedem a introdução e a disseminação de microrganismos em ambientes cirúrgicos e invasivos. A assepsia é distinta da antissepsia, que reduz patógenos em tecidos vivos, e da desinfecção, que diminui microrganismos em superfícies inanimadas.

A prática de assepsia divide-se em assepsia médica (técnica limpa) e assepsia cirúrgica (técnica estéril). A assepsia médica inclui higiene das mãos, uso de luvas não estéreis, desinfecção de superfícies e manuseio adequado de instrumentos que não entram em campos estéreis. A assepsia cirúrgica requer campo estéril, instrumentos estéreis e técnicas que evitam contaminação, como vestir roupas estéreis adequadas, máscara e luvas estéreis, além de manter a integridade do campo de trabalho.

Medidas-chave incluem esterilização de instrumentos (autoclave, calor seco, esterilizantes químicos), esterilização de suprimentos, preparo de campos estéreis e barreiras protetoras. Controles ambientais, como qualidade do ar e fluxos de trabalho bem definidos, ajudam a reduzir o risco de infecção em salas de cirurgia e áreas estéreis.

História e prática clínica: a assepsia tem raízes na teoria germinal e em práticas de higiene desenvolvidas no século XIX; pioneiros como Semmelweis e Lister contribuíram para compreender que a manipulação adequada e a esterilização reduzem significativamente infecções associadas a procedimentos invasivos. Em uso cotidiano, manter a assepsia reduz infecções pós-operatórias, infecções relacionadas a cateteres e outras complicações invasivas.