essencialismos

Essencialismo é uma doutrina filosófica que sustenta que certas entidades ou categorias possuem uma essência — um conjunto de propriedades necessárias e suficientes — que determina sua identidade e seu comportamento. Essa essência seria estável e imutável ao longo do tempo.

Formas comuns de essencialismo incluem: metafísico, que afirma a existência objetiva de essências; biológico, que sustenta que espécies ou traços biológicos têm essências fixas; social, que atribui essências a grupos como raça, gênero ou nacionalidade; e metodológico, que privilegia propriedades essenciais na explicação de fenômenos.

Historicamente, as noções de essência remontam a Aristóteles, que distinguia entre o que algo é por natureza e suas manifestações. A tradição escolástica, mais tarde, consolidou a ideia de essências universais; no pensamento contemporâneo, o debate envolve tipos naturais e a viabilidade de essências, sob críticas de antiesencialismo, construtivismo social e debates sobre identidade.

Críticas centrais apontam que essencialismo pode levar ao determinismo, à redução de complexidade e à legitimação de estereótipos. Críticas sociais argumentam que identidades são construídas historicamente e politicamente, não fundamentadas em essências imutáveis. O debate continua relevante em filosofia da ciência, sociologia e estudos de gênero e raça, influenciando a forma como categorias são compreendidas, enquadradas em políticas públicas e na pesquisa empírica.