condicionamento

O condicionamento é um conjunto de processos pelos quais respostas comportamentais, estados fisiológicos ou características de um sistema se tornam mais prováveis ou estáveis devido a associações entre eventos ou condições específicas. Na psicologia, o termo descreve a aprendizagem por meio de contingências entre estímulos e consequências, ou entre ações e seus efeitos.

No condicionamento clássico, descrito por Ivan Pavlov, um estímulo neutro pode tornar-se capaz de elicitar uma resposta através da associação repetida com um estímulo que naturalmente provoca essa resposta. Com o tempo, o estímulo neutro passa a ser um estímulo condicionado. Conceitos-chave incluem aquisição, generalização, discriminação, extinção e recuperação espontânea.

No condicionamento operante, proposto por B. F. Skinner, o comportamento é moldado por suas consequências. Reforços aumentam a probabilidade de repetição, punições reduzem-na, e existem reforços e punições positivos e negativos. Modelos operantes incluem esquemas de reforço contínuo, intermitente e extinção, com aplicações em educação, treinamento de animais e modificação de comportamentos.

Neurobiologicamente, o condicionamento envolve circuitos de aprendizagem que incluem estruturas como amígdala, hipocampo e áreas corticais, bem como sistemas de dopamina que codificam surpresa e recompensa. A dinâmica entre contextos, motivação e estado fisiológico pode facilitar ou dificultar a aprendizagem.

Aplicações incluem terapias comportamentais, educação personalizada, manejo de comportamentos problemáticos e treinamento de animais. Limitações incluem variação individual, contexto situacional, resistência à extinção e a possibilidade de generalização inadequada ou reforços mal utilizados.

Fora da psicologia, condicionamento pode referir-se a processos de preparo, tratamento ou ajuste de materiais, ambientes ou produtos para usos específicos, como condicionamento de ar, de superfícies ou de alimentos, entre outros.