Dispneia

Dispneia é a sensação subjetiva de desconforto respiratório, falta de ar ou esforço aumentado para respirar. Não é uma doença isolada, mas um sintoma que pode refletir alterações cardíacas, pulmonares, hematológicas, metabólicas ou psicológicas.

Pode ser aguda ou crônica, presente em repouso ou apenas com esforço. Características úteis incluem dispneia ortopneica (piora ao deitar), dispneia paroxística noturna (desperta com falta de ar) e, quando evidente no esforço, dispneia de exercício.

Causas comuns incluem doenças cardíacas (insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão), doenças pulmonares (DPOC, asma, pneumonia, embolia pulmonar, doença intersticial), além de anemia, obesidade, descondicionamento físico e transtornos de ansiedade.

A avaliação envolve história clínica detalhada e exame físico, com foco nos sinais de insuficiência respiratória e de falência cardíaca. Medidas de oxigenação (oximetria de pulso) e, se necessário, gasometria arterial ajudam a quantificar a gravidade. Radiografia torácica é útil para identificar causas comuns; exames adicionais podem incluir ECG, espirometria, tomografia de tórax e marcadores laboratoriais, conforme a suspeita clínica.

O tratamento visa a condição subjacente e alívio sintomático: oxigenação suplementar quando há hipóxia; broncodilatadores e corticoides inalatórios para doenças obstrutivas; diuréticos para edema pulmonar; anticoagulantes conforme indicados; ventilação não invasiva em falência respiratória. Em longo prazo, reabilitação pulmonar, vacinação, cessação do tabagismo e manejo de comorbidades são importantes.

O prognóstico varia conforme etiologia e gravidade; a dispneia costuma sinalizar doença subjacente potencialmente grave, sendo a avaliação rápida e o tratamento oportuno cruciais para o desfecho e a qualidade de vida.