ivermectina

Ivermectina é um fármaco antiparasitário da classe das lactonas macrocíclicas, derivado da bactéria Streptomyces avermitilis. Atua ligando-se a canais de cloreto dependentes de glutamato em invertebrados, o que causa hiperpolarização, paralisia e morte do parasita. Foi desenvolvido a partir de trabalhos de Satoshi Ōmura e William C. Campbell e, no uso humano, é comercializada pela Merck sob o nome Mectizan. A ivermectina está na lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde para várias helmintíases.

Para uso humano, a droga tem aplicação principal no tratamento de infecções como oncocercose (cegueira do rio), strongyloidíase e sarna (escabiose). Também é utilizada em regimes de eliminação de filariose em algumas situações. A administração pode ser em dose única ou em ciclos, conforme a doença e as diretrizes locais. Além disso, é amplamente empregada na medicina veterinária para o controle de ectoparasitas e helmintos em animais.

Segurança e efeitos adversos devem ser avaliados conforme a indicação. Em oncocercose e outras infecções, podem ocorrer reações decorrentes da morte de microfilárias, como prurido, febre e mal-estar, conhecidas como reação de Mazzotti. Em gravidez, a segurança não é plenamente estabelecida e o uso costuma ser reservado a indicações que superem os riscos; lactação, alergias ao fármaco e interações com outros antiparasitários também são considerações importantes. Em áreas com coabordância de Loa loa, o uso pode exigir precauções especiais.

A ivermectina é amplamente usada em saúde pública, mas não há evidência consistente de benefício para COVID-19 fora de ensaios clínicos. A resistência de parasitas a longo prazo também é uma preocupação em programas de controle.