Pósmodernidade

Pós-modernidade é um termo utilizado nas ciências humanas para descrever mudanças culturais, intelectuais e artísticas associadas às últimas décadas do século XX e ao século XXI. Em muitos contextos, é apresentada como uma etapa que sucede a modernidade, embora para alguns descreva apenas uma condição cultural em transformação contínua. O uso do conceito varia entre áreas, o que alimenta debates sobre existência, extensão e delimitação temporal.

Caracteriza-se pela desconfiança em relação a grandes narrativas universalizantes, pelo relativismo percebido, pela valorização da diversidade de estilos e pela mistura de elementos de alta e baixa cultura (pastiche). Conceitos centrais incluem a reflexividade, a ironia e a ideia de que o progresso não é linear. Teóricos influentes associam o termo a debates sobre linguagem, poder e cultura, com referências a figuras como Lyotard, Baudrillard, Foucault, Derrida e Jameson, cada um enfatizando aspectos como discurso, simulacros, deconstrução e a lógica do capitalismo tardio.

Na prática cultural, a pós-modernidade se manifesta na arquitetura, nas artes, na literatura, no cinema e na mídia pela adoção de paródia, intertextualidade e mistura de referências de diferentes épocas. Na sociologia e na crítica cultural, o conceito é usado para descrever mudanças na produção de sentido, na identidade e na globalização, bem como o papel central dos meios de comunicação e das redes digitais.

No entanto, a noção é objeto de críticas e de debates. Alguns a veem como rótulo impreciso ou como estágio que pode ter se esgotado, enquanto outros defendem que ainda descreve traços relevantes da cultura contemporânea, incluindo questões de relativismo, verdade e poder.