pósmodernismo

Pósmodernismo é uma tendência cultural e intelectual que se desenvolveu a partir das décadas de 1960 a 1980, estendendo-se até os dias atuais. Em artes, literatura, arquitetura e filosofia, emergiu como resposta às certezas do modernismo e às transformações da sociedade tecnológica, midiática e globalizada. O movimento tende a questionar grandes narrativas de progresso, identidade e autenticidade, privilegiando o pluralismo, a ironia, o ecletismo e a intertextualidade.

Em termos conceituais, o pós-modernismo recusa explicações totalizantes, aposta na fragmentação, na metaficção e no pastiche, e analisa a relação entre linguagem, poder e consumo. Filosoficamente, pensadores como Jean-François Lyotard, Michel Foucault, Jacques Derrida e Jean Baudrillard influenciaram debates sobre linguagem, simulacros, biopolítica e crítica cultural. Na prática artística, obras e textos que incorporam várias vozes, estilos e referências tornaram-se frequentes, com exemplos frequentemente citados como Italo Calvino, Thomas Pynchon e Don DeLillo na literatura, e o uso de recursos intertextuais e cinema.

Na arquitetura e nas artes visuais, o pós-modernismo destacou a ironia, o pastiche e a retomada de estilos históricos em combinações e contextos díspares, com nomes associados como Robert Venturi, Michael Graves e Peter Eisenman.

Em contextos lusófonos, o termo é aplicado para descrever fases de produção cultural posteriores ao modernismo, com ênfase na diversidade de perspectivas e na crítica social. Críticas ao pós-modernismo incluem acusações de relativismo, de dissolução de princípios estéticos e de textualismo excessivo; defensores argumentam que ele amplia a leitura de mundo, questiona estruturas de poder e estimula a inovação.