alavancamento

Alavancamento, ou alavancagem, é a prática de usar dívida ou estruturas de custos fixos para ampliar os resultados obtidos com um investimento. Em termos simples, busca-se potencializar ganhos (e, por consequência, perdas) ao aumentar a exposição financeira ou operacional a um ativo.

Os principais tipos são: alavancamento financeiro, que utiliza dívida ou instrumentos híbridos para financiar ativos; alavancamento operacional, que se apoia em custos fixos para amplificar o efeito das variações de receitas; e o alavancamento total, que combina ambos os aspectos.

O funcionamento depende do equilíbrio entre retorno do ativo e o custo da alavancagem. Se o retorno operacional supera os custos (juros e encargos), o lucro cresce mais rapidamente do que o capital investido. Entre as métricas estão o grau de alavancagem operacional (DOL), o grau de alavancagem financeiro (DFL) e o grau de alavancagem total (DTL), bem como indicadores como a dívida/valor patrimonial e a cobertura de juros.

Entre as vantagens estão o potencial de maiores retornos com menos capital próprio, melhoria da eficiência de capital e, em alguns casos, benefícios fiscais. Os principais riscos incluem maior vulnerabilidade a quedas de receita, encargos de dívida, restrições de crédito e risco de insolvência em cenários adversos. O alavancamento exige gestão cuidadosa de cenários e de liquidez.

É comum em setores intensivos em capital, como indústria, energia e serviços financeiros, além de ser utilizado por fundos de investimento para ampliar exposição e retornos potenciais.

Exemplo simples: uma empresa investe 100, financiando 50 com dívida a 5% ao ano. O ativo gera retorno operacional de 15% (15 de lucro antes de juros). O serviço da dívida custa 2,5, restando 12,5 de lucro líquido. Com 50 de capital próprio, esse lucro representa 25% de ROE; sem dívida, seria 15%.