Hipermobilidade

Hipermobilidade articular é a capacidade de mover as articulações além do que é considerado normal para idade e sexo. Pode ocorrer sem sintomas ou estar associada a quadros clínicos, como transtorno de hipermobilidade e à síndrome de Ehlers-Danlos de tipo hipermóvel.

Causas são principalmente genéticas, com herança variável. A hipermobilidade é mais comum em mulheres e costuma surgir na infância. A avaliação clínica usa o Beighton score, que quantifica a mobilidade de joelhos, cotovelos, dedos e palma.

Manifestações incluem dor articular crônica, instabilidade, luxações ou entorses repetidos, e fadiga muscular. Alguns pacientes apresentam alterações de propriocepção e, em algumas situações, disfunção autonômica como tontura associada à atividade física.

Tratamento foca em exercícios terapêuticos para fortalecimento e estabilidade, treino de propriocepção, e atividades de baixo impacto. Educação, controle da dor, e ajuste de atividades são importantes. Em alguns casos, órteses podem ajudar; a gestão costuma ser multidisciplinar.

O prognóstico geral é favorável na hipermobilidade isolada quando há fisioterapia adequada. Em quadros associadas, pode haver dor crônica e limitações, exigindo acompanhamento de longo prazo.