impessoal

Impessoal é um termo da gramática que descreve elementos cuja ação não é atribuída a um agente específico ou, de modo prático, não tem sujeito expresso. Em português, o uso impessoal refere-se principalmente a verbos impessoais e a construções que exprimem fenômenos, existência ou situações gerais sem um sujeito definido.

Verbos impessoais são aqueles que, na forma simples, ocorrem apenas na 3ª pessoa do singular e não admitem sujeito. Exemplos comuns incluem chover (chove), nevar (neva), amanhecer (amanhece) e anoitecer (anoitece). Outras expressões impessoais utilizam o verbo fazer para indicar condições meteorológicas, como faz calor e faz frio. O verbo haver, no presente, funciona como clássico exemplo de impessoalidade: há muitas pessoas na sala. Em muitos casos, esses verbos descrevem fenômenos naturais ou condições gerais e não descrevem uma ação realizada por alguém específico.

Construções impessoais também aparecem com o uso de sujeito indeterminado ou com o clímax de voz neutra, especialmente em linguagem administrativa e jornalística, para manter um tom objetivo. Exemplos incluem expressões como “Foi decidido…” ou “Há evidências…”, em que a ação não é atribuída a uma pessoa identificável. Além disso, o impessoal pode estar ligado a pronomes ou estruturas que evitam a atribuição de agência.

O conceito de impessoalidade é comum em várias línguas, especialmente nas que compartilham raízes românicas, e serve para comunicar fenômenos gerais, condições meteorológicas, existência de algo ou ações com sujeito não especificado. Em uso contemporâneo, o estilo impessoal é valorizado pela clareza, neutralidade e objetividade.