antropomorfismo

Antropomorfismo é a atribuição de características, intenções ou emoções humanas a entidades não humanas, como animais, objetos, fenômenos naturais ou entidades divinas. O termo deriva do grego anthropos (homem) e morphe (forma). Em termos conceituais, distingue-se da personificação, que é uma figura de linguagem; o antropomorfismo descreve uma tendência prática de projetar traços humanos em entidades não humanas.

Ao longo da história, o antropomorfismo aparece em religiões e mitologias, com divindades retratadas com traços humanos. Na literatura e no cinema, é comum encontrar animais falantes, objetos que agem como pessoas e narrativas que dependem de comportamentos humanos para desenvolvimento de trama. Na vida cotidiana e no design, mascotes, símbolos de marcas e certos produtos utilizam traços humanos para facilitar identificação e empatia. Na tecnologia, robôs, assistentes virtuais e interfaces de usuário podem incorporar características antropomórficas para tornar a interação mais natural.

Do ponto de vista cognitivo, o antropomorfismo surge como uma tendência humana básica: a mente tende a atribuir estados mentais a outros seres com o objetivo de entender e prever comportamentos, um processo ligado à teoria da mente. Essa prática pode facilitar comunicação e cooperação, mas também pode levar a interpretações incorretas sobre capacidades reais de animais, máquinas ou fenômenos naturais, além de questões éticas quando se atribuem emoções ou direitos a entidades não conscientes.

Na cultura contemporânea, o antropomorfismo permanece relevante na arte, no entretenimento e no design, bem como no desenvolvimento de agentes digitais e robóticos que buscam relações mais naturais com as pessoas.