Renascença

Renascença é o conceito que designa um período de renovação cultural na Europa, marcado pela redescoberta da civilização clássica greco-romana e pela reformulação de artes, ciência e pensamento. Embora as raízes estejam na Itália, especialmente em Florença, o movimento estendeu-se entre os séculos XIV e XVII, atingindo gradualmente toda a Europa e influenciando instituições, educação e prática artística.

Diversas condições favoreceram o fenômeno: o renascimento dos estudos clássicos (humanismo), a valorização da razão e da observação, a invenção da imprensa, o patrocínio de famílias ricas e da Igreja, e o crescimento econômico das cidades-estado italianas. A Renascença promoveu uma mudança de mentalidade que inclinava-se para o estudo das línguas originais, história, filosofia, ciências e artes, com uma nova noção de educação liberal.

Na prática, a Renascença revelou-se nas artes, nas letras, na arquitetura e nas ciências. Na Itália destacaram-se arquitetos como Brunelleschi e Alberti; pintores como Leonardo da Vinci, Michelangelo e Raphael; escritores como Petrarca e Boccaccio. Na Renascença do Norte, figuras como Erasmo e Tomás Moro conciliaram fé cristã com humanismo, enquanto artistas como Dürer, Van Eyck e Bruegel popularizaram a nova sensibilidade. Em ciência e pensamento, a curiosidade crítica levou a avanços que culminaram na Revolução Científica.

O legado da Renascença inclui mudanças na educação, na política e na visão de mundo ocidental, preparando o terreno para a Reforma, a contrarreforma, o fortalecimento de estados nacionais e o avanço da ciência moderna.