ultraprocessados

Ultraprocessados são alimentos classificados pela classificação NOVA como ultraprocessados, formulações industriais predominantemente compostas por ingredientes derivados de processamento de alimentos, com adição de substâncias pouco presentes na culinária tradicional, como aromatizantes, corantes, emulsificantes, espessantes e outros aditivos. Esses produtos tendem a conter pouco alimento in natura e são geralmente prontos para consumo ou para aquecimento. Caracterizam-se por alto grau de processamento, alta densidade energética e conteúdos elevados de açúcares adicionados, gorduras e sal, acompanhados de baixo teor de fibras, proteínas e micronutrientes.

Exemplos típicos incluem refrigerantes, snacks, bolachas industrializadas, cereais matinais açucarados, sopas e caldos em pó, refeições prontas, carnes processadas e macarrão instantâneo. A ideia central da classificação não é avaliar apenas nutrientes, mas o grau de transformação a que o alimento foi submetido.

A evidência científica associa alta ingestão de ultraprocessados a desfechos de saúde, como ganho de peso, obesidade, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares e maior mortalidade, principalmente em estudos observacionais. Ensaios clínicos indicam que dietas ricas em ultraprocessados podem aumentar a ingestão calórica e favorecer o ganho de peso. Ainda assim, não há consenso sobre causalidade e as limitações metodológicas ocorrem, incluindo confusão por hábitos de vida.

Políticas públicas têm buscado reduzir o consumo por meio de rotulagem de advertência, restrições de marketing voltado a crianças, incentivos à reformulação de produtos e promoção de dietas com maior participação de alimentos in natura ou minimamente processados.