Financeiras

Financeiras, ou sociedades financeiras, são instituições que atuam no setor financeiro oferecendo crédito e serviços correlatos, sem possuir o conjunto completo de operações de um banco comercial. Em muitos contextos de língua portuguesa, elas não captam depósitos à vista e concentram-se no crédito ao consumo, ao arrendamento mercantil, ao factoring e a outros produtos de financiamento, atendendo principalmente pessoas físicas e pequenas empresas.

Entre as principais atividades estão empréstimos pessoais, crédito consignado, financiamentos de bens duráveis, leasing, fomento mercantil (factoring), e a distribuição de seguros por meio de parcerias. Elas costumam financiar por meio de recursos de terceiros, securitização e linhas de crédito de instituições maiores, e podem apresentar condições de crédito mais onerosas ou exigências de garantia mais rígidas do que os bancos.

Regulação e supervisão variam por país, mas, de modo geral, as financeiras estão sujeitas a autoridades monetárias e de mercado financeiro e devem cumprir normas de proteção ao consumidor, prevenção à lavagem de dinheiro, capitalização e liquidez adequadas. No Brasil, por exemplo, as sociedades financeiras são reguladas pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional, com regime próprio de supervisão, distinto do de bancos comerciais, embora sujeitas a regras de fiscalização semelhantes. Em outros países lusófonos, a regulação ocorre por autoridades competentes de cada país.

Impacto e tendências: as financeiras costumam ampliar o acesso ao crédito para setores menos atendidos pelos bancos tradicionais e, nos últimos anos, convivem com o avanço de fintechs e plataformas de crédito, que introduziram novos modelos de financiamento, crédito on-line e securitização de carteira. O termo pode ter significados específicos conforme o país, mas, em termos gerais, representa um segmento de crédito não bancário dentro do sistema financeiro.